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Conforme os processos operacionais são automatizados e o fortalecimento da mobilidade entre colaboradores, os ecossistemas corporativos tornam-se cada vez mais complexos, assim como as fronteiras entre o online e offline, entre o armazenamento local ou na nuvem, tornam-se cada vez mais sutis.

Mas sem a implementação de uma metodologia de segurança adequada, os riscos e vulnerabilidades aumentam, facilitando para que ameaças cibernéticas e ataques possam acontecer de forma mais sofisticada e ágil.

Diante desse cenário, o conceito Zero Trust surge com o objetivo de garantir cada vez mais segurança para as organizações, em uma abordagem que busca ampliar o perímetro de proteção e defesa.

Neste artigo, vamos explorar o Zero Trust, suas perspectivas e benefícios para as empresas.

Boa leitura!

Sumário 

O que é o conceito Zero Trust?

Em uma tradução livre para o português, Zero Trust significa “Confiança Zero”, fazendo referência ao conceito “nunca confie, sempre verifique”, que consiste em uma estrutura de cibersegurança como apoio para que organizações mantenham a proteção em seu ecossistema de trabalho.

Sendo assim, os modelos convencionais de cibersegurança, que se baseiam em perímetros de rede seguros e no acesso remoto de funcionários e terceiros baseado em redes privadas virtuais, são incompatíveis com a evolução das ciberameaças, especialmente à medida que os modelos de negócio e a dinâmica da força de trabalho evoluem.

Agora, em vez de considerar apenas o sistema de rede interno da empresa, é preciso manter a segurança entre:

  • Colaboradores;
  • Fornecedores;
  • Parceiros;
  • Clientes;
  • Dispositivos IOT;
  • Aplicativos; e
  • Muitos outros pontos cegos de defesa.

A Deloitte aponta que é preciso um mindset de segurança de dentro para fora: 

Se antes havia apenas um castelo para defender, agora as joias da coroa ficam espalhadas em vários castelos (TI híbrida), tornando mais complexa sua defesa”.

Como funciona o Zero Trust?

O conceito Zero Trust representa uma mudança radical sobre a abordagem de cibersegurança, que antes estava concentrada em fortalecer o perímetro organizacional para impedir o acesso de pessoas de fora para dentro dos dados da empresa.

Agora, com os ativos da empresa fora das paredes da organização, ecossistemas tecnológicos hiperconectados e a mão-de-obra cada vez mais remota, os crescentes desafios forçam uma abordagem de proteção ágil.

Assim, o Zero Trust permite maior aprofundamento sobre as tecnologias, como autenticação dinâmica, monitoramento e automação de processos, melhorando a segurança ao mesmo tempo em que facilita o dia a dia dos profissionais.

Com a implementação, o Zero Trust cria um limite de acesso lógico, baseado no contexto:

  • Localização;
  • Horário;
  • Dispositivo;
  • Identidade e perfil;
  • Autenticação;
  • Redes de conexão; e
  • Aplicação ou conjunto de aplicações. 

As aplicações são ocultadas da descoberta e o acesso é restringido através de um intermediário de confiança a um conjunto de entidades nomeadas. O corretor verifica a identidade, o contexto e a adesão à política dos participantes especificados antes de permitir o acesso e proíbe o movimento lateral nos outros locais da rede, retirando os ativos das aplicações da visibilidade pública e reduzindo significativamente a superfície de ataque.

Por exemplo, se você tem o costume diário de fazer login em determinado local e horário, será necessário passar por controles de segurança para fazer novamente o login em outro local ou horário.

Quais são os componentes do Zero Trust?

Os componentes do Zero Trust compreendem diferentes abordagens e arquiteturas que contribuem para a implementação eficaz deste conceito. 

Aqui estão os principais componentes do Zero Trust:

Zero Trust Architecture (ZTA)

A Zero Trust Architecture (Arquitetura de Confiança Zero) é um framework de segurança cibernética que visa aplicar os princípios do Zero Trust em toda a infraestrutura de uma organização. Isso inclui a segmentação da rede, autenticação contínua, controle de acesso baseado em políticas, monitoramento contínuo e outras medidas para garantir a segurança em todos os níveis da organização.

Zero Trust Network Access (ZTNA)

O Zero Trust Network Access (Acesso à Rede de Confiança Zero) é uma abordagem de segurança que substitui o tradicional modelo de acesso baseado na rede por um modelo baseado na identidade. Em vez de confiar na rede como um perímetro de segurança, o ZTNA autentifica e verifica continuamente a identidade e a integridade dos usuários e dispositivos antes de conceder acesso a aplicativos e recursos.

Zero Trust Edge (ZTE)

O Zero Trust Edge (Borda de Confiança Zero) estende os princípios do Zero Trust para a borda da rede, onde usuários e dispositivos se conectam à infraestrutura corporativa. Isso inclui o uso de tecnologias como Secure Access Service Edge (SASE) para fornecer acesso seguro e direcionado à nuvem e aos recursos corporativos a partir de qualquer local, sem comprometer a segurança.

Esses componentes trabalham em conjunto para criar uma abordagem holística de segurança cibernética que protege contra ameaças internas e externas, garantindo que todos os acessos sejam estritamente controlados e verificados, independentemente da localização ou identidade do usuário ou dispositivo. Essa abordagem é fundamental para mitigar os riscos de violações de segurança e garantir a proteção dos ativos digitais da organização em um ambiente de rede cada vez mais complexo e dinâmico.

Quais são os princípios do Zero Trust?

O modelo Zero Trust é fundamentado em uma série de princípios-chave que orientam sua implementação e funcionamento. Esses princípios refletem a abordagem fundamental de “nunca confiar, sempre verificar” e são essenciais para garantir a segurança cibernética em um ambiente de rede cada vez mais complexo e ameaçador. Aqui estão os principais princípios do Zero Trust:

1. Nenhum Perímetro de Confiança Absoluto

O Zero Trust assume que não existe um perímetro de segurança absolutamente confiável dentro da rede. Em vez disso, todas as conexões, usuários e dispositivos devem ser considerados potencialmente não confiáveis e sujeitos a verificações rigorosas.

2. Autenticação Contínua e Verificação

Todos os usuários, dispositivos e conexões devem passar por autenticação e verificação contínuas, independentemente de sua localização ou histórico de acesso. Isso inclui autenticação multifatorial e outras medidas para verificar constantemente a identidade e a integridade dos recursos.

3. Privilégios Mínimos (Least Privilege)

O acesso aos recursos deve ser concedido com base no princípio do mínimo privilégio, ou seja, usuários e dispositivos recebem acesso apenas aos recursos necessários para realizar suas funções específicas. Isso reduz a superfície de ataque e minimiza o potencial de danos em caso de comprometimento.

4. Segmentação de Rede (Network Segmentation)

A rede é dividida em segmentos menores e isolados, com políticas de acesso específicas para cada segmento. Isso limita a propagação de ameaças e restringe o acesso apenas aos recursos autorizados para cada usuário ou dispositivo.

5. Monitoramento Contínuo e Análise de Segurança

O tráfego de rede e as atividades dos usuários e dispositivos são continuamente monitorados e analisados para identificar comportamentos suspeitos ou anomalias. Isso permite a detecção precoce de ameaças e ações de resposta rápidas e eficazes.

6. Zero Trust em Todo o Ciclo de Vida dos Recursos

O modelo Zero Trust se aplica a todas as fases do ciclo de vida dos recursos, desde a autenticação inicial até o acesso, uso e encerramento. Isso garante a consistência na aplicação dos princípios de segurança em todas as etapas.

Esses princípios formam a base do modelo Zero Trust e são essenciais para estabelecer uma abordagem de segurança cibernética mais robusta e resiliente em um ambiente de rede moderno e dinâmico.

Qual é a importância do modelo de segurança Zero Trust para as empresas?

O modelo Zero Trust é importante para as empresas porque ajuda a melhorar a segurança cibernética, protege contra ameaças internas e externas, melhora a visibilidade e o controle, facilita a conformidade regulatória, adapta-se a ambientes de nuvem e reduz o impacto de violações.

  • Melhora a segurança cibernética;
  • Protege contra ameaças internas e externas;
  • Melhora a visibilidade e o controle da rede;
  • Facilita a conformidade regulatória;
  • Adapta-se a ambientes de nuvem; e
  • Reduz o impacto de violações de segurança.

Quais são os benefícios do Zero Trust?

Nos últimos anos, o Zero Trust tornou-se praticamente uma palavra-chave na indústria, principalmente por sua abordagem inovadora à cibersegurança e capacidade de auxiliar na defesa contra ameaças.

Confira os principais benefícios:

1. Otimiza a mobilidade no trabalho

Segurança e eficácia para a mão-de-obra, otimizando a produtividade com experiências de acesso confiáveis, flexíveis e sem atritos em ambientes diferentes e distribuídos.

2. Mais agilidade empresarial

Produtos e serviços digitais desenvolvidos com os princípios do Zero Trust aprimoram a integração de sistemas e conectividade, com mitigação de riscos com o fornecimento do acesso necessário no caso de ambientes de terceiros, gerando uma vantagem frente aos concorrentes.

3. Economia

Um sistema operacional seguro, inteligente e mais eficiente, que gera redução de custos aproveitando as soluções de segurança nativas da nuvem.

4. Mitigação e gestão de riscos

Resposta e recuperação ágeis capazes de isolar ameaças, reduzir exposição e potencial do raio de ação de ataques.

Como implementar Zero Trust?

Existem muitas abordagens para implementar as soluções Zero Trust descritas. A abordagem para cada organização pode variar com base no seu estado atual, requisitos e no estado desejado.

O ideal é começar a agir o quanto antes, pensando nas estratégias de segurança que permitam escalabilidade e agilidade através da nuvem, assim como no futuro próximo, com inteligência artificial, automação e o conceito phygital.

Siga esse passo a passo para um planejamento adequado da implementação do Zero Trust:

1. Mapeamento de dados e ativos

Com isso, você garante uma visão completa sobre o ecossistema organizacional para proteger o ambiente. Além disso, com a nuvem e uma plataforma SaaS, como uma solução MDM, é possível monitorar o risco de sistemas implantados em áreas que não sejam de TI.

2. Gestão de identidade 

Adicione a Autenticação de Múltiplos Fatores (MFA) como apoio de serviço de identidade centralizado. Isso vai permitir mais segurança que apenas a autenticação de rede (VPN).

3. Controle de acessos

Mantenha o controle sobre as permissões de acesso com um modelo mais granular e dinâmico, com base na função de cada usuário.

Conclusão

O Zero Trust tem se tornado, cada vez mais, na melhor prática para a cibersegurança, com estratégias modernas que mudam a ideia de proteger a rede de fora para dentro para um mindset de hiperconectividade em diferentes ambientes e dispositivos, protegendo ainda mais os dados.

Organizações ao redor do mundo inteiro buscam soluções capazes de auxiliar nas mudanças exigidas pela digitalização e a mobilidade, com o objetivo de garantir a proteção ao mesmo tempo em que ganham vantagem competitiva.

Diante disso, o MDM desponta como uma solução eficaz, que permite a integração de segurança, dados, conformidade com normas regulatórias, como a LGPD, enquanto facilita a gestão remota dos dispositivos, permitindo maior mobilidade e produtividade entre os colaboradores.

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Perguntas frequentes sobre Zero Trust:

Aqui estão algumas respostas para perguntas frequentes sobre o Zero Trust:

O Zero Trust prejudica a experiência do usuário?

Implementado corretamente, o Zero Trust não deve prejudicar significativamente a experiência do usuário. Embora as verificações contínuas de autenticação e autorização possam adicionar uma camada adicional de segurança, soluções bem projetadas podem minimizar o impacto no fluxo de trabalho do usuário, garantindo uma experiência contínua e fluida.

É possível integrar o Zero Trust em infraestruturas de TI existentes?

Sim, é possível integrar o Zero Trust em infraestruturas de TI existentes. O Zero Trust é uma abordagem de segurança que pode ser implementada gradualmente, adicionando camadas de segurança e adotando tecnologias compatíveis com os princípios do Zero Trust em uma infraestrutura já existente.

Quais são os custos e recursos necessários para o Zero Trust?

Os custos e recursos necessários para implementar o Zero Trust podem variar dependendo do tamanho e da complexidade da organização, bem como das tecnologias escolhidas. Isso pode incluir investimentos em soluções de segurança cibernética, ferramentas de monitoramento e análise, treinamento de pessoal e possíveis custos de consultoria.

O Zero Trust afeta a conformidade com regulamentações?

O Zero Trust pode ajudar as organizações a alcançar e manter a conformidade com regulamentações de segurança de dados, como GDPR, HIPAA e outras. Ao implementar controles de acesso rigorosos e monitoramento contínuo, o Zero Trust contribui para proteger os dados sensíveis e mitigar riscos de violações de segurança.

Como o Zero Trust se integra a tecnologias emergentes?

O Zero Trust pode se integrar a tecnologias emergentes, como computação em nuvem, inteligência artificial e Internet das Coisas (IoT), adaptando suas práticas de segurança para abordar os desafios e riscos específicos associados a essas tecnologias. Por exemplo, o Zero Trust pode incorporar políticas de acesso baseadas em contexto para dispositivos IoT ou soluções de segurança adaptativas com base em machine learning.

Como educar as equipes sobre o Zero Trust?

A educação sobre o Zero Trust pode ser realizada por meio de treinamentos, workshops, materiais educativos e práticas recomendadas de segurança cibernética. É importante envolver e treinar todos os funcionários, desde os usuários finais até os profissionais de TI e de segurança, para garantir uma compreensão abrangente e uma implementação eficaz do Zero Trust na organização.



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