As tecnologias disponíveis no mercado modificam constantemente nossas vidas e a forma como conduzimos o nosso trabalho. Para verificar essas transformações é só pensar na revolução causada pelo e-mail, pelos celulares ou até mesmo a implementação da intranet em ambientes corporativos. Agora, uma nova transição está se tornando padrão nas empresas: a implementação de soluções mobile.
E não são poucas as empresas que começam a ver os benefícios da implementação de mobilidade como parte do seu planejamento organizacional. Tanto é que uma pesquisa realizada pela Foresights Networks and Telecommunications mostrou que 64% das empresas europeias e americanas têm com prioridade para os próximos ciclos melhorar o suporte à mobilidade dos funcionários – seja ela através do modelo BYOD (Bring your own device) ou com os próprios equipamentos da empresa.
Vantagens de criar um plano de implementação de mobile em ambientes corporativos
O uso de equipamentos móveis como tablets, notebooks e smartphones dentro de empresas têm sido foco de estudos de produtividade há alguns anos. Os resultados favoráveis fizeram com que grandes nomes do mercado – IBM, Coca-Cola e Google – investissem com força nessa transformação. Hoje, as vantagens da implementação de mobile já permeiam empresas de todos os portes. Conheça algumas delas:
– Mobilidade: ter um programa do uso de aparelhos mobile bem estruturado dentro da empresa confere aos colaboradores uma grande capacidade de conexão com pessoas, organizações e sistemas.. Isso significa que é possível ter acesso a informações da empresa, dos clientes ou do mercado em qualquer cidade ou país. Isso tudo antes ficava restrito à sede da empresa, a um punhado de documentos ou a um computador fixo.
– Redução de custos com equipamentos/sala: os aparelhos móveis já são capazes de reproduzir as funcionalidades dos desktops – alguns com até muito mais qualidade. Por isso, alguns tipos de negócios já perceberam que podem usar isso como subsídio para redução de espaço em sedes longe da matriz e para incentivar o trabalho remoto de colaboradores, uma vez que grande parte da demanda já é digital. Com isso, existe uma redução drástica no gasto com locação de sala, luz, equipamentos, locomoção etc.
– Agilidade de resposta: quantas vezes a resposta “assim que chegar à empresa darei uma olhada nessa planilha”? ou “estou em reunião fora, não olhei meus e-mails” foi dada dentro da empresa? Com a implementação de mobile esse tipo de resposta se torna obsoleta e o tempo de resposta e tomada de decisões é reduzido. Em todos os lugares é possível acessar e-mails, dados, planilhas, documentos e fazer reuniões.
– Aumento de produtividade: com decisões mais rápidas, a produtividade individual e do time aumenta exponencialmente. Não é mais preciso esperar longos períodos para saber as próximas coordenadas. De um aeroporto o CEO da empresa pode despachar demandas, assim como um gerente aprovar um conteúdo a caminho de uma reunião ou um vendedor atualizar a planilha de pedidos para serem produzidos pela fábrica enquanto espera o cliente assinar o contrato.
– Maior índice de satisfação dos clientes: a pesquisa da Foresights Networks and Telecommunications também apontou que 46% dos entrevistados afirmaram que a rapidez nas decisões e soluções trazidas pela implementação do mobile eram vistas diretamente no índice de satisfação dos clientes.
Como escolher o modelo de implementação de mobile mais adequado para a sua empresa
De forma geral, há duas maneiras de promover um processo de implementação de mobile dentro das companhias: com o modelo BYOD ou com ativos tecnológicos da própria empresa.
No modelo BYOD, tablets, smartphones e notebooks são de propriedade dos colaboradores e utilizados tanto para os projetos pessoais quanto para os profissionais. A grande vantagem deste método é o baixo custo que ele imprime à empresa e a habilidade no manuseio daquela tecnologia por parte dos funcionários.
No entanto, ela esbarra em questões sensíveis de segurança dos dados da empresa. Outro problema é a dificuldade de implementar uma solução para o gerenciamento de todos esses dispositivos, uma vez que cada um deles é de uma marca e modelo diferente.
Já o empréstimo de ativos tecnológicos da empresa para o uso de funcionários para funções corporativas é mais recomendado – inclusive por questões legais. Sem amparo em uma legislação concreta, o BYOD traz inseguranças jurídicas quanto à responsabilidade de manutenção e configuração, além de falta de condições de trabalho para a realização das funções do dia a dia.
Quando a própria empresa disponibiliza os dispositivos móveis também é possível fazer um gerenciamento dos equipamentos tanto individualizados quanto para grupos de usuários, remotamente e de forma simplificada pela área de TI, deixando-os ainda mais seguros. Além disso, favorece o engajamento dos colaboradores.
No entanto, raramente a mobilidade corporativa consegue acompanhar as atualizações nas tecnologias disponíveis no mercado. Ao passo que uma pessoa jurídica precisa adquirir equipamentos na casa das centenas (o que tem um custo elevado), uma pessoa física faz isso com mais facilidade ao comprar apenas uma unidade. Por outro lado, o uso dos dispositivos pessoais na operação da empresa suscita um debate natural entre os direitos à privacidade versus o controle corporativo.
São questões que surgem a partir das novas tendências proporcionadas pela tecnologia e que a legislação e padrões demoram para regulamentar. Assim, cada empresa deve buscar o modelo mais adequado ao seu perfil de negócio e de equipe de funcionários, capacitando-se para acompanhar a velocidade do mercado e a nova dinâmica dos negócios.